Tornar-se saudável e sustentável. Um recorte de algumas responsabilidades em torno do cuidar e do envelhecer.

Considerando o aumento de quadros vinculados a Síndrome de Burnout, Diabetes, Hipertensão e até mesmo do Câncer, torna-se necessário questionar sobre os caminhos possíveis para prevenção e manutenção da saúde.

Atualmente, ressalta-se o aumento da perspectiva de vida, tornando possível uma longevidade maior, em função do avanço da tecnologia e da eficácia dos medicamentos. Porém, em contrapartida, também há uma grande possibilidade de que futuramente, cada vez mais haverá um número maior de pessoas com antecedentes mórbidos e com a necessidade de fazerem uso de medicações.

Desta forma citada acima, é de extrema importância abordar sobre alguns questionamentos, tais como: como evitar doenças possivelmente evitáveis? Como cultivar uma vida mais longa e com mais qualidade de vida? Como preservar a saúde? Quem (quais) cuida é (são) o(s) responsável(eis) pelo cuidado com a saúde?

E pensando em tais questionamentos e possível cenário futuro, foram selecionados 3 vídeos TEDx Talks, disponíveis no Youtube. As apresentações sinalizam, refletem, conscientizam e sensibilizam sobre a importância de se responsabilizar pelo cuidado diário com a própria saúde.

Saúde Integral: nossa essência – por Luciana Costa

A reflexão abordada pela Dra. Luciana, sinaliza sobre as estatísticas atuais em torno da saúde mundial. E em paralelo, ela instiga a um importante convite para assumir um cuidado preventivo com a saúde, ainda que se viva em meio à dinâmica dos centros urbanos.

O convite ressalta sobre o valor da Saúde Integral, considerando algumas práticas diárias, que garantam a sustentabilidade do ser humano. Entre estas práticas, ela cita sobre:

  • a manutenção de uma alimentação natural, integral e orgânica. Além de, cultivar o alimento emocional, como sinônimo de refeições cercadas de bem-estar e afeto, de modo consciente e equilibrado
  • o consumo de água como um importante recurso para vitalidade das células do organismo
  • o sono reparador, considerando suas necessidades para que ele aconteça. Como exemplo: não comer em excesso no período noturno. E comer até o horário das 20h.
  • a prática de alongamentos e de exercícios físicos.

Co-criação de saúde – por Leonardo Aguiar

Neste segundo vídeo selecionado, o Dr. Leonardo enfatiza inicialmente sobre a tendência natural das pessoas se ausentarem da responsabilidade com o cuidado da própria saúde. Tal tendência, segundo ele, reflete na origem dos problemas.

O comprometimento em colocar em prática aquilo que se sabe com o que se que se pensa, em torno de um olhar que considera a construção de hábitos diários e até mesmo a vivência de um estilo de vida que também prioriza saúde e bem-estar, tende a ser um significativo caminho para não mais cuidar apenas dos sintomas das doenças. Mas também como uma importante alternativa para evitar que certos processos de adoecimentos ocorram.

Ao longo de sua apresentação, o Dr. Leonardo utilizou como referência um caso clínico que acompanhou em seu próprio consultório. Em sua abordagem clínica, ele optou por um tratamento cercado de profissionais de diferentes e complementares especialidades, apostando e percebendo os efeitos de um cuidado integral.

Um dos pontos ressaltados pelo senhor Aguiar, também foi sobre a necessidade de cuidar das questões emocionais, como parte integrante deste movimento de se conscientizar e responsabilizar-se pelo cuidado da própria saúde.

Saúde como um ato de amor – por Maitê César

“Viver a vida que quero viver. E não a que poderia ter sido vivida.” De acordo com a Dra. Maitê, este tende a ser o possível resultado de uma vida cercada de conscientização, responsabilidade e amor, direcionados ao objetivo de evitar certos adoecimentos.

Assim como Dra. Maitê, ela também ressalta sobre os benefícios de cultivar uma alimentação equilibrada, como fonte de nutrição ao corpo, à vida e ao próprio bem-estar.

Em sua reflexão, a doutora instiga a sensibilização perante os seguintes aspectos na vida diária:

  • autocuidado, como um modo de se relacionar consigo mesmo.
  • alimentação e metabolismo com manejos equilibrados.
  • cuidado com a saúde intestinal, considerando o sistema digestivo como fonte de imunidade e bem-estar.
  • a prática de medidas diárias que minimizem o estresse e preservem o repouso.
  • o gesto de se amar, como uma atitude atenta, consciente, acolhedora e responsável consigo mesmo.

O que há em comum nestes estudos atuais sobre o cuidado com a saúde?

Alguns pontos em comuns foram facilmente observados nas apresentações destes profissionais de saúde. Entre estes pontos, é possível considerar a importância em assumir um estilo de vida que propicia a proximidade com o conhecimento, a atenção e a prática de hábitos que sustente o cuidado integral com a saúde.

Cuidar dos sintomas após a instauração das doenças tende a não ser o único caminho pertinente a manutenção da saúde. Mas adotar hábitos que potencializam o evitar de certas doenças é um caminho eficaz para uma vida sustentável e saudável.

Contar com o apoio e acompanhamento de profissionais de diferentes e complementares áreas também é uma das características deste cuidado integral.

O que fica de lição de casa?

Ao ser humano, assim como eu, fica esta oportunidade de aprender, ressignificar, se conscientizar e se sensibilizar com os processos que todos estão convidados a viver, como: o envelhecimento, nosso potencial para o adoecimento e sobre a própria finitude.

Neste sentido, é de extrema importância acolher as próprias demandas emocionais e perceber aquilo que se pensa, acredita e espera de si e da vida, enquanto a vivencia. Adotar uma postura afetiva e responsável com o as escolhas e com a construção da própria história de vida, pode ser um caminho sustentável para preservar a natureza mutável e finita que se é.

Muitas situações são possíveis de serem evitadas, e muitas outras podem ser melhoradas. Entre as que podem ser melhoradas, observo que as orientações e as condutas adotadas pelos profissionais de saúde, também são de uma extrema importância social.  A estes profissionais, os cabe assumir e fortalecer as responsabilidades em prol de um cuidado preventivo e integral.

A tudo e a todos, um caminhar gradual. Um primeiro passo e depois o outro. Por aqui, algumas informações breves e iniciais. Apenas uma iniciativa, um olhar e um convite. Mas para seguir neste caminhar, vamos continuar?

Por Tayna Wasconcellos Damaceno.

Referências

Diabetes, hipertensão e obesidade avançam entre os brasileiros. UNA-SUS, 2020.

Disponível aqui. – Acesso em 28/08/2022.

OMS revela principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo entre 2000 e 2019. Nações Unidas Brasil, 2020.

Disponível aqui. – Acesso em 28/08/2022.

SALES, Amanda. Síndrome de burnout: especialistas explicam processo de ‘esgotamento’ físico e mental no trabalho. G1-DF, 2022.

Disponível aqui. – Acesso em 28/08/2022.

Dia Internacional da Família – o mundo começa dentro de casa.

Nem toda ‘tradição’ é digna de repetição.

O ano é de 2022, e este é o 29º Dia Internacional da Família, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Uma data e tanto, considerando que o “mundo começa dentro de casa”, na família, sendo esta ‘casa’, a rua, o orfanato ou até mesmo o espaço de convivência com os pais ou responsáveis.

Família, algo muito além de “papai, mamãe e titia”! Ela é um sistema complexo, cheio de formas, regras particulares e características, um sistema biológico e subjetivo. Um ponto unanime entre todas as famílias, é que todas elas têm história. Mas nem todas tem afeto e cuidado em seu histórico.

E partindo deste princípio, da história como parte da identidade de cada família, que o texto se direciona a refletir sobre os impactos psicológicos e sociais que algumas falas, comportamentos e situações que ocorrem nas convivências familiares, tendem a provocar em seus indivíduos.

“Nem toda ‘tradição’ é digna de repetição!” Mas cabe a cada um perceber, se conscientizar e escolher aquilo que poderá ser levado adiante, de geração em geração.

Se tratando de família, você já presenciou, aprendeu ou viveu uma destas situações abaixo? Caso sim, lhe convido a inicialmente perceber as situações que refletem na forma de cada um ser e em paralelo, no como a sociedade se constrói como um todo.

Bom, vamos lá! Seguem abaixo as situações que podem nos chamar a atenção:

Cobranças sociais

– comentários sobre o corpo

– comentários sobre o status social/ civil

– comentários e imposições para se vincular a um trabalho

Processo de adoecimento

– comentários e comportamentos perante quem adoece

Papel na família

– situações que mantém a condição de sobrecarga em um membro da família

idealização de “respeito ao mais velho”, sem considerar o modo que é estabelecido o respeito

Situações de convivência

fofoca

– preocupação em ser agradável aos outros

– idealização sobre “ser forte” e não demonstrar fraqueza

– incentivo a “não pedir ajuda” em caso de necessidade

Reprodução de preconceitos

– comentários e cobranças sobre os homens

– comentários e cobranças sobre as mulheres

– comentários sobre as raças

– comentários sobre os gêneros e orientações sexuais

Outros.

De modo generalista e simplista, as situações brevemente citadas acima tendem a causar uma série de impactos psicológicos e sociais. Todas as situações possuem um potencial de serem reproduzidas ao longo das gerações, em condição de normalidade e aceitação. E a partir disto que se constrói algumas questões:

– os seus comentários e comportamentos sinalizam cuidado? Ou apenas abordam as imposições sobre o que você considera melhor/ correto?

– os seus comentários e comportamentos provocam alívio emocional, condição de apoio, compreensão e acolhimento? Ou eles causam insegurança, restrição, limitação e sofrimento?

– os seus comentários e comportamentos provocam e inspiram igualdade? Ou eles incentivam a desigualdade?

– os seus comentários e comportamentos provocam incentivos ao autocuidado? Ou eles inspiram a autodestruição e negligência?

– os seus comentários e comportamentos provocam incentivos ao gesto de parceria e cooperação entre as pessoas? Ou eles estimulam a sobrecarga e ao descuido com os limites pessoais?

– os seus comentários e comportamentos provocam incentivos a tolerância, a liberdade e ao respeito? Ou estimulam o conflito, a imposição e a restrição?

– os seus comentários e comportamentos validam o que realmente o outro pensa, sente e faz? Ou eles fantasiam, distorcem e pre conceitua o que o outro realmente pensa, sente e faz?

Enfim, são questões como estas citadas acima que podem potencializar os seguintes benefícios:

– autoconhecimento

– desenvolvimento do senso de percepção sobre si, o outro e o espaço

– fortalecer o autodesenvolvimento

– fortalecer o senso de responsabilidade social

– fortalecer os vínculos afetivos

– desenvolver a empatia

– promover a manifestação de emoções positivas (alegria, gratidão, contentamento, interesse, esperança, inspiração, pertencimento e outras)

E por último, mas não menos importante, abrir espaço para o processo de transformação social, fortalecendo aspectos tão importantes para as relações, como: tolerância, respeito, liberdade e igualdade.

O mundo começa dentro de casa! E nem toda ‘tradição’ é digna de repetição”, porque algumas causam danos. Algumas geram sofrimento, limitação e dificuldades. Por isso, um convite para reparar o mundo que nasce dentro de casa. O perigo nem sempre está da porta para fora! A família, ser potente, capaz de destruir, reconstruir e evoluir. Ela poder ser fonte de traumas, de armas e bloqueios. Como pode ser fonte de pontes libertadoras e restauradoras.

Mas pensando na sociedade, ela depende de mim, depende de você, da minha e das nossas famílias! Por isso, neste Dia Internacional da Família, trago este convite: perceba, reveja, escolha, aprenda e reconstrua o mundo comigo.

Com carinho, uma mera aprendiz.

Por Tayna Wasconcellos Damaceno

Dia Mundial do Enfermo – “O doente é mais importante do que a sua doença”, reflexões do Papa Francisco e a Psicologia

Recentemente, o Papa Francisco fez menção ao Dia Mundial do Enfermo, celebrado no dia 11 de Fevereiro, desde 1992.

Em seu discurso, o Papa Francisco expressou que “o doente é mais importante do que sua doença”. Também destacou a importância em cultivar a escuta, explorar a história, os anseios e os medos de quem vivencia um processo de adoecimento.

Discurso este, que se assemelha aos princípios cultivados pela Psicologia, em suas diferentes abordagens e áreas de atuação. Considerando, claro, a importância de explorar o indivíduo em sua totalidade.

O que é enfermidade? E quais são seus impactos?

Por enfermidade, de modo breve e geral, entendemos que se trata de um desequilíbrio na condição biopsicossocial e espiritual.

Em um processo de adoecimento, o enfermo não só vivencia seus desequilíbrios pertinentes a doença. Mas também passa a lidar com outras consequências, tais como:

  • novas necessidades;
  • mudanças na rotina;
  • mudanças em seus relacionamentos;
  • impactos na autoestima;
  • instabilidade psicológica, se aproximando de manifestações de medo, angústias, desesperanças, frustrações e outras tantas.

A enfermidade provoca uma série de mudanças. E seguindo pela via das possíveis consequências psicológicas, é importante considerar que o indivíduo pode se deparar e até se agravar diante de sentimentos de tristeza, desamparo e solidão, por mais que esteja em tratamento e cercado de apoio.

O que as mudanças nos relacionamentos podem causar no enfermo?

A estranha sensação de vivenciar o desconhecido, se agrava perante a forma diferente que as pessoas ao redor passam a tratar o indivíduo.

Por vezes, essa forma diferente se manifesta por excessos, sejam eles voltados a certos comportamentos que expressam indiferença afetiva e distanciamento das pessoas com o indivíduo. Ou até mesmo, seu outro extremo, o excesso de cuidar, de se fazer presente, de se preocupar e até de poupar o ser que adoece, das situações mais simples de seu dia a dia.

Estes exemplos de modos diferentes de tratar a pessoa que passa por uma enfermidade, podem causar ainda mais os sentimentos de medo, desamparo e solidão. Afinal, a pessoa passa a ser vista de forma diferente. Em suas relações, ela tende a ser vista através de sua doença, e não mais pela sua totalidade de ser.

Neste sentido, a Psicologia faz das palavras do Papa mencionadas aqui, as suas. O princípio de relações humanizadas se estende ao gesto de cuidar, principalmente quando se trata de situações de adoecimento.

Como lidar com o indivíduo que vivencia o adoecer?

Como via de regra, é importante olhar o ser que adoece enquanto ser que está em processo de mudança, e não unicamente como uma doença.

É eficaz preservar o olhar de que o indivíduo permanece o mesmo enquanto ser humano, como alguém que vivencia as próprias opiniões, gostos, preferências, sentimentos, conhecimentos, capacidades, limites, responsabilidades e tudo o que contempla alguém com seus direitos e sua próprio história.

Por isso a menção e o lembrete: “o doente é sempre mais importante que a doença”. Ele é muito mais, algo além de sua doença.

Como ajudar de forma positiva?

  • procure tratar o ser enfermo como um todo;
  • mantenha o gesto de respeito, empatia e atenção ao que ele tem a oferecer e a dizer;
  • cultive o gesto de escutá-lo e até mesmo de perguntar o quê for necessário;
  • preserve a autonomia e o seu senso de responsabilidade dele;
  • explore sua história, suas descobertas, dificuldades, sentimentos e aprendizados vivenciados no momento atual;
  • dentro do possível e se possível, também peça ajuda ao enfermo. O senso de capacidade e pertencimento nutrem a autoestima.

Por último, mas não menos importante, cuide de você. Perceba como a situação te afeta. Se preciso e possível, busque ajuda também.

O cuidado consigo causa um efeito dominó: ajuda a si mesmo, a situação e o enfermo. E se tratando de cuidado, nas relações e em qualquer situação, ele pode “faiar”. Mas o importante é tentar!

Por Tayna Wasconcellos Damaceno.

Referências

AYRES DE AlMEIDA, Raquel e MALAGRIS, Lucia. A Prática da Psicologia da Saúde. Revista SBPH,  Rio de Janeiro ,  v. 14, n. 2, p. 183-202, Dezembro de 2011.

Disponível aqui. Acesso em 11/02/2022.

JAGURABA, Mariangela. Dia Mundial do Enfermo, o Papa: garantir atendimento médico a todos os doentes. Vatican News, 2022.

Disponível aqui. Acesso em 11/02/2022

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. Conselho Regional de Psicologia SP.

Disponível aqui. Acesso em 11/02/2022.

Buscar ser melhor ou buscar ser feliz?

Ao expor tal questionamento, você entende que se trata de caminhos opostos ou que ambas questões se direcionam ao mesmo destino, a felicidade? 

Para explorar tal reflexão, inicialmente podemos considerar alguns estudos levantados pela Dra. Maria Sirois, reconhecida psicóloga clínica na área da Psicologia Positiva. Sirois sinaliza em seus estudos que buscar ser um ser humano melhor mediante até os piores momentos, nos coloca diante da possiblidade de fortalecer nossa resiliência

Segundo a Dra. Sirois, em uma entrevista sobre Resiliência na Psicologia Positiva, ela caracteriza a resiliência como uma poderosa fonte para superação de desafios e elevação de nossas capacidades, inclusive a de prosperar e de cultivar o estado de bem-estar e felicidade

Como se constrói a resiliência?

Ao que se atribui atenção?

De acordo com a Dra. Maria Sirois, a resiliência é fruto de um combo construído através da atenção e de escolhas sábias direcionadas à um questionamento: “como viver melhor?“. 

Tal questionamento nos coloca diante de um novo compromisso. Ou seja, nos convida a vivermos engajados na busca por esta vida melhor. Além de facilitar nossa aproximação com nossas paixões e com aquilo que atribuímos importante significado. Em outras palavras, aquilo que realmente nos importa. 

O que escolher de forma sábia para cultivar a resiliência?

Para resiliência se fazer presente. Ou seja, para superarmos certas dificuldades e elevarmos nosso potencial, é preciso priorizar algumas escolhas, tais como: 

  • Reconhecer e se aventurar em nossas qualidades, para elevar a autoestima e autoconfiança. 

É preciso coragem e confiança para superar os obstáculos. 

  • Preservar um estado de otimismo fundamentado, para minimizar o excesso de preocupações, medos, fantasias e até o elevado estado ansioso. 

Compreender o contexto, se atentar ao todo. Considerar os aprendizados e possíveis ganhos. Considerar e estabelecer caminhos práticos para superação de determinadas situações, caracterizando o otimismo fundamentado.

  • Estabelecer conexões

Como dito por Passareli e Silva (2007), em seu artigo sobre Psicologia Positiva, estabelecer conexões se trata de propiciar relações naturais e agradáveis.  

E sobre tais conexões, que importância há em reconhecer as qualidades nos outros nos que cercam. E também de manter a perspectiva otimista nos relacionamentos, até mesmo mediante decepções e conflitos, a fim de que a resiliência também seja um recurso para o resgate e fortalecimento das relações.

 

Buscar ser melhor, um possível caminho para felicidade

Priorizar o potencial de resiliência, considerando a atenção e escolha sábia, rumo ao que há de melhor em cada indivíduo, situação ou relação, conforme propagado pela Psicologia Positiva, tende a ser um possível caminho para tão desejada felicidade. 

E para complementar este possível feliz caminhar, nada mais que necessário do que sinalizar as emoções positivas, grandes facilitadoras no desenrolar entre um momento difícil e outro.  

Conforme já compartilhado em Lista de 10 Emoções Positivas, são elas: 

  • amor 
  • alegria 
  • gratidão 
  • serenidade 
  • interesse 
  • esperança 
  • orgulho 
  • diversão 
  • inspiração 
  • admiração 

Quanto a elas, as emoções positivas, é preciso treiná-las e praticá-las. É preciso saber que elas existem. É preciso se atentar a elas e permitir escolhe-las, não como algo pronto. Mas sim como algo a ser aprendido e cultivado. 

Por fim, um “papo” sobre resiliência, conexões e emoções positivas para um complexo, mas possível caminho chamado felicidade. 

Por Tayna Wasconcellos Damaceno.

Referências

FERREIRA, Caio A Psicologia Positiva e o Estudo da Felicidade. Novembro de 2018. 

Disponível aqui. Acesso em 07/12/2021. 

FERREIRA, Caio. Lista de 10 Emoções Positivas. Janeiro de 2019.  

Disponível aqui. Acesso em 07/12/2021. 

PASSARELI, Paola e SILVA, José Aparecido. Psicologia Positiva e o Estudo do Bem-Estar Subjetivo. Estudos de Psicologia, Campinas, 24(4) – 513-517, Outubro – Novembro de 2007. 

Disponível aqui. Acesso em 07/12/2021.

Tais Targa – Resiliência na Psicologia Positiva – com Maria Sirois e Henrique Bueno 

AUTOCUIDADO, A VACINA PARA PREVENÇÃO E MANUTENÇÃO DA SAÚDE MENTAL

Há mais de um ano em cenário de pandemia. E há mais de bilhares de anos, os indivíduos vivenciam diferentes situações de mudanças, perdas, catástrofes e revoluções. Se considerar na História da Humanidade o período de evolução inicial, os períodos de guerras, navegações, escravidão e de epidemias anteriores, será possível se dar conta do quanto foi e é exigido do Homem uma série de capacidades psicológicas.

Se seguir reparando a história da evolução humana, será possível perceber quanto sofrimento e situações estressoras o Homem já suportou. E ainda segue suportando, claro!

Atualmente, além de haver o contexto da pandemia, há uma série de particularidades ocorrendo, como: mudanças climáticas, corrupções políticas, dificuldades financeiras, violências, perdas pertinentes aos óbitos e adoecimentos variados. E como seguir dando conta do viver em meio as tantas informações e tantos caos?

Mais do que nunca, parece que o autocuidado se tornou mais necessário. Afinal, guerras particulares ocorrem com frequência, intensidade e em quantidade. Se trata da subjetividade de cada indivíduo adoecendo através do excesso de cobranças, informações, comparativos, afazeres, exigências, regras e constantes mudanças.

Excessos estes acima que podem levar a falta. Falta de tempo, falta de disposição, motivação, libido, diversão, estado de relaxamento, apetite, sentido de vida, confiança e outros. Mas no meio disso tudo, a única coisa que não pode faltar, mas que tende a ocorrer, é a falta de cuidado.

Autocuidado é a vacina da década! Ele é o recurso necessário para preservar a integridade da saúde física, mental, emocional, espiritual e relacional. Ele é a muleta necessária para fortalecer a resiliência, aliada este do Homem durante toda a evolução.

O autocuidado é para cuidar da vida, dos afazeres, dos problemas, dos relacionamentos, das finanças, dos sentimentos, dos anseios, dos sonhos, da doença e da responsabilidade de viver.

Para cuidar de si é preciso aproximar-se de si mesmo. É preciso reparar os limites, as necessidades, as dificuldades, os recursos de ajuda disponíveis, os desejos e também as próprias capacidades. Cuidar de si é um trabalho diário! É a atenção à relação mais importante que existe na vida, que é do ser consigo mesmo.

E para finalizar, um pedido e um bocado de dicas. Se cuide! Uma tarefa talvez um pouco difícil, mas possível e precisa. Além de protetiva e preventiva. Diga “SIM” ao autocuidado!

O bocado de dicas, conforme mencionado acima:

  • se exercite. No seu tempo, no seu ritmo e ao seu gosto
  • faça exames regulares
  • preserve seu descanso e seu sono
  • se relacione
  • pratique hobbies
  • mantenha a alimentação equilibrada
  • reserve momentos para passar um tempo sozinho(a)
  • pense e reflita sobre suas atitudes e emoções
  • se organize
  • se reconheça e se valorize
  • se aproxime dos seus recursos e redes de apoio
  • respeite seus limites

E por último, mas não menos importante:

  • FAÇA TERAPIA, caso você se identifique com a proposta dela

Aproveite este gesto de incentivo ao autocuidado e procure um profissional da Sociedade dos Psicólogos.

Por Tayna Wasconcellos Damaceno

REFERÊNCIAS:

BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Mundo. Ed. 3. São Paulo: Fundamento, Julho de 2015.

Covid: saúde mental piorou para 53% dos brasileiros sob pandemia, aponta pesquisa. BBC News, 2021.

Disponível aqui. Acesso em 31/07/2021.

HARARI, Yuval N. Sapiens: uma breve história da humanidade. Ed.1. Porto Alegre: L&PM, Março de 2015.

PASSOS, Letícia. Pesquisa mostra que 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental. Veja, 2019.

Disponível aqui. Acesso em 31/07/2021.