Há mais de um ano em cenário de pandemia. E há mais de bilhares de anos, os indivíduos vivenciam diferentes situações de mudanças, perdas, catástrofes e revoluções. Se considerar na História da Humanidade o período de evolução inicial, os períodos de guerras, navegações, escravidão e de epidemias anteriores, será possível se dar conta do quanto foi e é exigido do Homem uma série de capacidades psicológicas.
Se seguir reparando a história da evolução humana, será possível perceber quanto sofrimento e situações estressoras o Homem já suportou. E ainda segue suportando, claro!
Atualmente, além de haver o contexto da pandemia, há uma série de particularidades ocorrendo, como: mudanças climáticas, corrupções políticas, dificuldades financeiras, violências, perdas pertinentes aos óbitos e adoecimentos variados. E como seguir dando conta do viver em meio as tantas informações e tantos caos?
Mais do que nunca, parece que o autocuidado se tornou mais necessário. Afinal, guerras particulares ocorrem com frequência, intensidade e em quantidade. Se trata da subjetividade de cada indivíduo adoecendo através do excesso de cobranças, informações, comparativos, afazeres, exigências, regras e constantes mudanças.
Excessos estes acima que podem levar a falta. Falta de tempo, falta de disposição, motivação, libido, diversão, estado de relaxamento, apetite, sentido de vida, confiança e outros. Mas no meio disso tudo, a única coisa que não pode faltar, mas que tende a ocorrer, é a falta de cuidado.
Autocuidado é a vacina da década! Ele é o recurso necessário para preservar a integridade da saúde física, mental, emocional, espiritual e relacional. Ele é a muleta necessária para fortalecer a resiliência, aliada este do Homem durante toda a evolução.
O autocuidado é para cuidar da vida, dos afazeres, dos problemas, dos relacionamentos, das finanças, dos sentimentos, dos anseios, dos sonhos, da doença e da responsabilidade de viver.
Para cuidar de si é preciso aproximar-se de si mesmo. É preciso reparar os limites, as necessidades, as dificuldades, os recursos de ajuda disponíveis, os desejos e também as próprias capacidades. Cuidar de si é um trabalho diário! É a atenção à relação mais importante que existe na vida, que é do ser consigo mesmo.
E para finalizar, um pedido e um bocado de dicas. Se cuide! Uma tarefa talvez um pouco difícil, mas possível e precisa. Além de protetiva e preventiva. Diga “SIM” ao autocuidado!
O bocado de dicas, conforme mencionado acima:
- se exercite. No seu tempo, no seu ritmo e ao seu gosto
- faça exames regulares
- preserve seu descanso e seu sono
- se relacione
- pratique hobbies
- mantenha a alimentação equilibrada
- reserve momentos para passar um tempo sozinho(a)
- pense e reflita sobre suas atitudes e emoções
- se organize
- se reconheça e se valorize
- se aproxime dos seus recursos e redes de apoio
- respeite seus limites
E por último, mas não menos importante:
- FAÇA TERAPIA, caso você se identifique com a proposta dela
Aproveite este gesto de incentivo ao autocuidado e procure um profissional da Sociedade dos Psicólogos.
Por Tayna Wasconcellos Damaceno
REFERÊNCIAS:
BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Mundo. Ed. 3. São Paulo: Fundamento, Julho de 2015.
Covid: saúde mental piorou para 53% dos brasileiros sob pandemia, aponta pesquisa. BBC News, 2021.
Disponível aqui. Acesso em 31/07/2021.
HARARI, Yuval N. Sapiens: uma breve história da humanidade. Ed.1. Porto Alegre: L&PM, Março de 2015.
PASSOS, Letícia. Pesquisa mostra que 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental. Veja, 2019.
Disponível aqui. Acesso em 31/07/2021.
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