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Cuidando de quem cuida: A solidão das Psicólogas durante a pandemia

Publicado por barbaradesmiranda em 12 de abril de 2021

A temática Saúde Mental tem ganhado mais destaque nos últimos meses em decorrência da pandemia da COVID-19. Com o crescimento da popularidade do tema, o trabalho de Psicólogas e Psiquiatras também ganhou mais visibilidade na mídia. Atuando no contexto hospitalar, escolar, institucional ou clínico, os psicólogos vêm vivenciando uma intensificação e maior demanda de trabalho, em geral.

Dentro deste cenário desafiador, sem previsão certa para acabar, como anda a saúde emocional desses profissionais que, de certa forma, esperamos que atuem diretamente com a saúde emocional de tantos outros?


Saúde Emocional das Psicólogas

Seria possível expandir este questionamento a todos os profissionais da área da saúde que assim como os psis, têm enfrentado rotinas intensas e desafiadoras de trabalho, direcionadas ao cuidar da saúde de tantos outros. Por hora, discorrerei acerca da saúde emocional das Psicólogas, classe da qual faço parte.

Especialmente dentro do contexto clínico, a solidão no desenvolvimento do trabalho das Psicólogas pode ser uma vivência diária. Solidão essa pelo não compartilhar das minúcias do nosso trabalho, agindo de acordo com sigilo ético. Solidão por sermos profissionais autônomas, muitas vezes, e não trabalharmos integradas à uma equipe. Solidão por passarmos horas e horas em nossos consultórios, sem outros colegas de trabalho por perto.

A proposta desta reflexão não é caracterizar como inadequada ou errada a possível experiência de se sentir sozinha durante a rotina de trabalho. Longe de delimitações trazidas por adjetivos, a proposta é apenas pensar sobre o sentir-se sozinha dentro de uma rotina intensa de trabalho com a saúde emocional de outras pessoa no contexto da COVID-19 e pensar sobre os possíveis impactos na saúde emocional das profissionais.

O Contexto Pandemia

A pandemia trouxe a impossibilidade de nos agruparmos presencialmente. Happy hours, confraternizações familiares, grupos de estudo e de supervisão são exemplos de experiências que têm se dado de maneiras limitadas para nós. Elas acontecem com o limite das telas e salas virtuais de reuniões ou não são possíveis pela necessidade de distanciamento social (pelo menos assim se espera).

As impossibilidades da pandemia proporcionaram a vivência de uma diminuição significativa de atividades que talvez balanceassem a solidão experienciada sobre o aspecto trabalho na vida das que atuam como Psicólogas Clínicas.

As demandas relacionadas ao contexto da pandemia têm proporcionado a procura de muitas pessoas por psicoterapia. Essas demandas, muitas vezes, podem ser demandas semelhantes às da própria Psicóloga. A possibilidade de entrarmos em contato com demandas semelhantes às nossas sempre existiu. Somos seres humanos existindo dentro do mesmo momento sócio histórico que nossos clientes, o que nos abre a possibilidade tanto de vivenciar demandas comuns quanto de conseguir compreender a existência do outro. Entretanto, como isso tem se dado neste momento de pandemia?

 Estamos lidando com a saúde mental de pessoas que procuram atendimento por demandas com as quais podemos facilmente nos identificar também.

“(…) o que Heidegger procura acenar é que a noção ser-no-mundo implica uma abertura tal que nos leva a compreender o mundo justamente como o horizonte fático que contorna o espaço existencial de concretização do poder-ser que somos. Significa pensar que nos movimentamos a partir do mundo e de seus próprios limites, os quais compõem nossas possibilidades de ser.” (DHEIN, 2016)

Considerando todas as tensões, vivências de descontrole e incerteza proporcionadas pela pandemia dentro do contexto sócio histórico brasileiro atual, como estão as Psicólogas?

Por fim, algumas reflexões:

Uma revisão integrativa sobre onze estudos dentro da temática de autocuidado de profissionais da área de Psicologia, realizada em 2020,  aponta o baixo investimento e descaso da classe em cuidados com a própria saúde emocional. Como podemos cuidar de nossa saúde emocional?

Quais suportes para nossa saúde mental nós temos?

Você tem se envolvido com atividades que te proporcionam acolhimento e reflexão como psicoterapia/ análise, supervisão e grupos de estudo, por exemplo?

Como você se sente em relação ao seu trabalho enquanto profissional Psi? Você experiencia a solidão?

Nós também estamos passando pela pandemia. Fazer esta reflexão sobre como estamos nos sentindo e buscar suporte e orientação torna-se necessário para que seja possível oferecer aos outros um atendimento ético e de qualidade.  

“Compreender o eu é compreender a si mesmo, não se trata, portanto, de um tipo de conhecimento que se possa meramente ter, no sentido de aumentar o acervo de nossas representações conceituais sobre as coisas. Aqui, mais do que em qualquer outro tipo de interrogação, fica patente a impossibilidade de dissociação entre saber e ser” (SÁ, 2015)

Por Bárbara de Souza Miranda


REFERÊNCIAS

SÁ, R.N. Hermenêutica fenomenológica da experiência de si mesmo e psicoterapia. In: FEIJOO, A.M.L.C.; PROTASIO, M.M. Situações Clínicas 1: Análise Fenomenológica de Discursos Clínicos

DHEIN, C. F. A. . Existências enclausuradas à automatização da era da técnica: Uma interpretação fenomenológico-hermenêutica das compulsãoes na contemporaneidade. In: Feijoo, Ana Maria Lopez Calvo; Lessa, Maria Bernadete Medeiros Fernandes. (Org.). Psicopatologia: Fenomenologia, lteratura e Hermenêutica.. 1ed.Rio de Janeiro: Edições IFEN, 2016, v. 1, p. 171-206.

MELO, M.R.; RAUPP, L.M. O autocuidado da saúde mental de Psicólogos: uma revisão bibliográfica. In: Perspectiva: Ciência e Saúde, Osório, V.5(1): 62-71, Mar 2020.

 

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Tags: autocuidadoPandemiaPsicologia Clínicapsicólogopsicoterapeuta

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