Em todas as organizações podemos observar a coexistência entre gerações diferentes que possuem características peculiares e únicas uma das outras. Seria esse relacionamento entre gerações distintas algo negativo para as organizações? Vejamos.
Atualmente coexistem dentro das organizações, 3 diferentes gerações: Baby Boomers, X e Y. Cada uma tem suas características, que pode tanto dificultar o convívio quanto apresentar uma visão diferente para a solução de um problema.
Principais gerações que encontramos no ambiente organizacional
Erickson (2011) coloca a Geração Baby Boomers como os indivíduos que nasceram entre 1946 a 1964, a Geração X entre 1965 a 1979 e a Geração Y entre 1980 a 1989. Considerando de forma geral suas características particulares, observamos que cada uma delas experiênciou formas de desenvolvimento diferentes, partindo do princípio que a sociedade ao longo dos anos adquiriu um crescimento de conhecimento econômico, tecnológico e saúde básica. Hoje, vemos que essas gerações dividem o mesmo ambiente de trabalho, o que traz ideias, formas de agir e pensar distintas umas das outras. Há a necessidade de conhecer melhor essas gerações para diminuir o impacto do conflito existente entre elas para potencializar os resultados obtidos dentro de uma organização.
Começando pela geração de funcionários Baby Boomers, são indivíduos sistemáticos, que procuram realizar seu trabalho de forma individual e apreciam o trabalho custoso. Dificilmente são profissionais influenciáveis e possuem grandes dificuldades para se adaptar a novas tecnologias.
A geração X é constituída por colaboradores compromissados com os objetivos da organização e conseguem se adaptar de forma positiva a inserção de novas tecnologias. Por ser uma geração que iniciou-se no meio organizacional muito cedo, nota-se que possuem o costume de permanecer na mesma empresa durante muitos anos, onde buscam a estabilidade e equilíbrio entre trabalho e família.
Nos tempos mais atuais, a geração Y detêm os trabalhadores multifuncionais, que estão a maior parte do tempo conectados as novas tecnologias e contribuem com seu pensamento inovador, por meio de um desejo incessante de crescimento à curto prazo. Por isso, buscam o feedback constante para se desenvolverem mais rapidamente.
Por fim, nos deparamos com a nova geração de capital humano, a geração Z. Nascidos entre os anos 1990 e 2010, eles cresceram lado a lado com a tecnologia e possuem uma linguagem própria constituída por mensagens, usando abreviações, gírias e até mesmo emoticons. Possuem facilidade para compreender informações complexas, mas para isso, esperam ter acesso fácil à tecnologia e à informação no trabalho de forma digital.
Conectando objetivos e características
Por meio das características discorridas acima, podemos considerar normal os conflitos existentes nas organizações devido ao choque dessas gerações ou mesmo observar essas diferenças dentro de nossas casas, devido a convivência com avós, pais, irmãos, entre outros.
A cada dia que passa, as organizações observam a necessidade de compreender melhor essas gerações para desenvolver táticas que podem influenciar na melhora da adaptação e convivência desses indivíduos. Uma das principais ações discutidas no meio organizacional é, após compreender os objetivos e comportamento de cada geração, gerar estratégias que unam o que cada um pode oferecer para serem capazes de dar o melhor de si. Considerando suas particularidades, iremos nos deparar com profissionais motivados que produzem mais e conquistam muito mais resultados. Porém, a automotivação também precisa ser trabalhada dia a dia para que o profissional não caia no comodismo e fique desanimado.
Novamente citaremos a importância da área de RH, que por meio de treinamentos estruturados e PDI (programa de desenvolvimento individual), conseguem desenvolver o trabalho em equipe dessas gerações. Mas considerando que uma equipe de trabalho eficiente é aquela que consegue somar diferentes talentos e habilidades, de modo a alcançar os resultados esperados pela organização, este processo acaba tornando-se mais complexo, uma vez que não se tenha interesse em compreender a personalidade e comportamento desse outro sujeito, dotado de uma história, conhecimento e experiência diferente da sua devido a pertencer a uma geração também diferente.
Importância em conhecer as diferenças geracionais
Com isso, podemos concluir que para atingir o objetivo de construir um bom ambiente organizacional precisamos entender não apenas as gerações de nossos coordenadores, gestores e diretores, mas também compreender ou pelo menos ter uma ideia do que esperar das gerações que compõem o time de cada departamento, afim de potencializar cada sujeito.
O meio de trabalho em que nos encontramos hoje, está vivenciando mudanças bruscas para atender essa geração Z que está moldando nosso meio organizacional. Como gestor, você pode você implementar mudanças simples para facilitar essa transformação. Utilizando de técnicas corretas, pode aprender com essa geração, novas formas de gerir o seu departamento, sua empresa.
Bibliografia
ERICKSON, Tamara. E Agora Geração X? Como se manter no auge profissional e exercer liderança plena numa época de intensa transformação. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.
BRUSHFIELD, Andrew. Youth of today: How to hire ‘Generation Z’. Robert Half. 2015.
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